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Doenças bucais: saiba quais são as mais comuns em adultos e como se prevenir

Doenças bucais: saiba quais são as mais comuns em adultos e como se prevenir

  • Saúde

As doenças bucais afetam as pessoas no mundo todo, em todas as faixas etárias, e isso não é diferente no Brasil. Algumas mais recorrentes que outras, mas todas exigem atenção, pois comprometem a saúde de um modo geral e a qualidade de vida. Na vida adulta, essas doenças costumam aparecer com maior frequência, embora os mais afetados sejam os dentes, elas podem ocorrer também na gengiva e até nos lábios.

O cirurgião-dentista especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial, Rodrigo Coifman, sócio da clínica Estética Sorriso, no Recife, explica que a alta prevalência entre os adultos se justifica pelo fato de ser nessa fase que grandes mudanças ocorrem, seja por mudança na alimentação, vícios, descuido com a higiene bucal ou até mesmo por não visitar o dentista regularmente, entre outras.

“A maioria dessas doenças pode ser evitada facilmente por meio da prevenção. Mas, os cuidados com os dentes ainda são muito negligenciados, e isso é preocupante, porque essas doenças exigem atenção, seu quadro pode evoluir e desencadear problemas ainda maiores”, alertou, Rodrigo Coifman. 

Dentre os problemas bucais mais comuns em adultos, está a sensibilidade dentária, um desconforto nos dentes causado pelo contato ou pela temperatura de certas substâncias. “A sensibilidade dentária acontece pela exposição da dentina – parte do dente que recobre o nervo -, devido à perda do esmalte ou à retração gengival”, explicou. 

Outro problema muito comum é a gengivite, causada por diversas bactérias que se alocam no sulco gengival, na região da margem e abaixo da gengiva. “Chamamos esse acúmulo de placa bacteriana, que produz toxinas que são liberadas na boca, fazendo com que a gengiva fique inchada e inflamada, provocando sangramento ao escovar os dentes e causar sensibilidade”, continuou, Coifman.

A periodontite, uma inflamação que se manifesta quando a gengivite não é devidamente tratada, pode afetar todos os tecidos que sustentam a dentição, fazendo com que haja um desgaste deles. De acordo com Rodrigo Coifman “com o tempo, os dentes ficam moles e podem até se soltar da boca. Para evitá-la, é preciso tratar a gengivite logo no início e manter uma boa higiene bucal para evitar a proliferação das bactérias”. 

Já o bruxismo, que é o ranger ou apertar involuntário dos dentes, é muito comum em momentos de maior estresse, embora aconteça quase sempre durante o sono. “Esse movimento involuntário é difícil de detectar, mas é mais comum do que pensamos. Geralmente os pacientes com bruxismo se beneficiam do uso de placas miorrelaxantes, que recobrem os dentes evitando a ocorrência de fraturas dentárias e relaxam a musculatura facial”, contou.

As feridas na boca são outro problema comum, como as aftas, por exemplo. “As feridas variam em gravidade e causas, pode ser o sintoma de uma doença sistêmica, infecção bacteriana ou viral ou até fúngica, além de poder ser causada devido a irritação causada por aparelho ortodôntico ou prótese mal ajustada”, disse, Coifman. “Por isso, é importante consultar seu dentista e examinar quaisquer feridas que durem 14 dias ou mais”, aconselhou. 

Popularmente conhecida como mau hálito, a halitose – que se caracteriza pelo odor ruim exalado pela boca -, é um problema que pode estar relacionado com diversas condições de saúde, mas no que se refere à boca, é um dos sintomas de problemas como gengivite, cárie, periodontite, saburra lingual e xerostomia (boca seca). “A prevenção é realizada por meio da higienização adequada, bem como pela realização do tratamento de outras doenças bucais”, finalizou. Além desses problemas, outros como herpes labial, desgaste no esmalte, tártaro e cárie – uma das doenças mais comuns em adultos e crianças -, também são comuns que apareçam durante a vida adulta e todos podem ser tratados. “A visita regular ao consultório odontológico é fundamental para ajudar a prevenir ou tratar esses problemas bucais, além de uma boa higiene diária, que é essencial”, orientou.

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