Em busca de um corpo tido como “perfeito” e o emagrecimento rápido, muitas pessoas acabam recorrendo, além de exercícios físicos exaustivos e remédios inibidores de fome, também, de dietas extremamente radicais, sem o mínimo acompanhamento profissional. O grande problema é que ao longo do tempo essas dietas restritivas podem desencadear diversos sintomas de doenças, como fadiga, dificuldade de concentração, oscilações de humor, tonturas e náuseas, baixo nível de ferro e vitaminas no corpo, ocasionar transtornos alimentares e, em outros casos mais extremos, até a desnutrição.
Umas das principais preocupações é em virtude da condição clínica que a restrição excessiva pode ocasionar na saúde mental da população em geral, como preocupações excessivas com a quantidade de alimentos que está sendo ingerido, explica o nutricionista e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístenes Melo. “O medo por estar ganhando peso, mesmo que o ganho de peso seja ausente ou quando o indivíduo começa a apresentar distúrbio de imagem corporal, isto, de fato, faz surgir os transtornos alimentares que muitos já conhecem como a bulimia, anorexia e entre outros”.
Contudo, na contramão das dietas extremamente radicais, existem passos fundamentais e necessários, que ajudarão qualquer pessoa a emagrecer de forma saudável. “O primeiro seria a mudança de estilo de vida, iniciando a praticar atividade física, evitando gatilhos emocionais, como o estresse e a ansiedade, que na maioria das vezes é a grande dificuldade do indivíduo em seguir uma alimentação adequada. Organização e planejamento também são fundamentais para não sair da rotina alimentar ao longo da semana. Outro ponto, é que todos devem ter a percepção de quais alimentos devem fazer parte da sua base alimentar, que são os alimentos naturais, como frutas, legumes, raízes, tubérculos, dentre outros. Evitar o máximo possível os industrializados por serem ricos em açúcares, gorduras e altamente calóricos, sem falar nos aditivos químicos presentes nestes alimentos”, destaca
O especialista ainda afirma que “o último ponto e não menos importante é entender que exceções alimentares poderão fazer parte da rotina alimentar de uma pessoa saudável e ter a paciência consigo mesmo durante o processo de emagrecimento, até porque a alimentação envolve comportamentos que foram construídos ao longo da vida, então requer um pouco mais de tempo para serem modificados ou desconstruídos”.