O cultivo de mirtilo está em expansão no Vale do São Francisco, a partir de variedades da fruta adaptadas geneticamente, que têm alta produtividade em climas quentes como o do Sertão. Para auxiliar produtores interessados em cultivar a fruta, o Sebrae/PE, em parceria com o Sindicato dos Produtores de Fruta de Petrolina, realiza, no dia 10 de maio, às 18h30, no auditório do Senai, o “Mirtilo Day”. O evento traz os maiores especialistas do país para falar sobre espécies adaptadas, forma de manejo e incentivos para a produção. As inscrições estão abertas neste link: https://bit.ly/3Qp6SHn
Um dos especialistas que marcará presença no evento é o membro da Codevasf e coordenador do Programa Rota da Fruta na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal, Luiz Curado. A região onde o especialista atua já possui cultivos sendo comercializados que mostram o alto potencial lucrativo do mirtilo. Curado deve abordar temas como a técnica de cultura de tecidos, que se adapta melhor aos climas quentes, irrigação adequada e outras formas de manejo. “O meu objetivo é acender um farol para os pequenos produtores que desejem investir nessa cadeia, que é bastante lucrativa”, explica.
A produtora Marlene Mendes, que cultiva o mirtilo em Planaltina (GO), tem uma história de sucesso com o plantio da fruta em uma região de Cerrado, que possui clima quente, assim como Petrolina. A produtora teve um lucro de R$ 160 mil em uma área cultivada de um quinto de hectare. Em um cálculo rápido, ela teria um lucro de R$ 800 mil, se cultivasse todo o hectare. Retirando-se os R$ 300 mil de investimento no plantio, a margem final de lucro seria de R$ 500 mil. A sua primeira colheita foi em 2023.
Outra presença importante no evento será o empresário Marcos Flávio, da Biofábrica – Biotechnology in plants, que vai tratar das variedades com maior potencial de desenvolvimento no Sertão do São Francisco.
A analista do Sebrae/PE Laianne Macedo explica que o mirtilo depende de alto investimento para ser cultivado, porém, dá retorno rápido com lucro alto. Cada hectare precisa, em média, de um investimento de R$ 300 mil, e a colheita pode ser realizada em 10 meses. “Estamos realizando este evento para ajudar o produtor que quer entrar nesta cadeia lucrativa. Se o investimento é alto, o produtor tem que ter segurança, por isso, o Sebrae trouxe esses especialistas para auxiliá-los”, finaliza a analista.
Fotocapa: Arquivo Marlene Mendes