Passados 17 anos desde a sua primeira edição, o Festival Internacional de Videodança Play Rec chega a 2024 com o desafio de se manter como uma referência para o Nordeste e um espaço para exibição, produção e formação. Um ponto relevante é seu formato Open Call, que constitui a base para os encontros. O chamamento aberto é uma oportunidade única para que artistas enviem os seus trabalhos.
Integrando a programação, toda em formato online, o curso “A Dança e as Novas Mídias, Histórias, Estéticas e a Prática com Isadora 4.0” está com inscrições abertas. Durante dois dias, 20 e 21 de julho, os participantes vão se aprofundar na história, estéticas e práticas das relações entre dança e novos meios, além da programação informática para a criação cênica, teleperformance e streaming no Isadora 4.0. Com inscrições gratuitas, que podem ser feitas a partir do perfil oficial do festival até 17 de julho, o curso visa a gestão interativa em tempo real de vídeo, som e iluminação.
Será ministrado por Armando Menicacci, especialista em dança e novas tecnologias, com um mestrado em musicologia pela Universidade de Roma e doutorado em relações entre dança e tecnologias digitais pela Universidade Paris. Menicacci tem vasta experiência acadêmica e artística, sendo professor em várias instituições e colaborador em diversos projetos de inovação tecnológica e artística.
Os alunos dos cursos de Cinema e de Dança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também podem participar. Para estes, o festival vai oferecer dois apoios financeiros de R$ 1,5 mil para a criação de videodanças inéditas. Cada valor será concedido a um único projeto, seja ele individual ou coletivo. As inscrições com envio das propostas vão até 15 de julho.
PRÁTICA ARTÍSTICA – Pensar a videodança apenas como a junção de coreografias e performances capturadas e registradas em um formato que pode ser distribuído e visualizado em diversas plataformas (cinema, televisão, internet, etc) é colocar essa manifestação artística numa perspectiva limitada e limitadora. O recado é do curador do festival, o fotógrafo e cineasta Oscar Malta. “A videodança tem uma coisa muito orgânica e sempre em movimento. Não é somente uma relação da dança com vídeo ou das pessoas que pensam cinema com as pessoas que pensam a dança. É, na verdade, uma prática artística”, complementa.
Investigador do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade – I2ads, Oscar Malta explica que desde seu início, o Play Rec se posiciona unicamente no cenário brasileiro por sua abertura e incentivo à criação de obras de videodança, oferecendo uma plataforma para artistas apresentarem seus trabalhos.
LEGADO – Idealizador do festival, ele ressalta que, ao longo de quase duas décadas, o Play Rec não apenas conseguiu avanços importantes no campo prático e teórico da videodança, mas também estabeleceu uma política cultural para essa prática artística em Pernambuco. A curadoria deste ano está abordando questões contracoloniais e anticoloniais, refletindo-se em todo o trabalho desenvolvido durante esse período.
O Evento é realizado pelo Play Rec, Lab VídeoD, A2 Produções e Brasil de Dentro e incentivado pelo Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura), Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco), Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e Governo de Pernambuco.
SERVIÇO:
Evento online e gratuito
Site: http://www.festivalplayrec.com.br e https://linktr.ee/festivalplayrec/
Instagram: @playrec_festival
Contato: [email protected]