Foi aberto nessa segunda-feira (12), em comemoração ao Dia Internacional da Juventude, o I Festival da Juventude e Inovação de Jaboatão dos Guararapes, evento fruto de uma parceria entre a Prefeitura do Jaboatão e o Sebrae/Pernambuco.
Quem deu as boas-vindas aos jovens foi o secretário executivo de Trabalho, Qualificação, Empreendedorismo e Juventude, Alex Gomes, e o gerente do Sebrae, Leonardo Carolino. Em seguida, o jovem empreendedor social Daniel Paixão foi a principal atração, com a palestra “Aprenda, Construa e Inspire”, sob olhar atento dos jovens estudantes que ocuparam o auditório da Faculdade dos Guararapes (UNIFG).
“Nós queremos colaborar para que amanhã vocês estejam aqui na frente, contando as suas histórias e experiências. Essa é uma política pública para que a gente possa capacitar vocês a poderem seguir à frente”, declarou o secretário executivo Alex Gomes.
“Inspiração eu acho que resume o que vocês terão aqui hoje. Quem tem história e experiência tem que contar, repassar. A partir de plantar essa semente, a gente tem que dar as condições para que vocês voem longe”, frisou o representante do Sebrae, Leonardo Carolino.
O momento mais aguardado, no entanto, foi mesmo a palestra de Daniel Paixão, o primeiro jovem egresso do Ensino Médio a criar uma startup em Pernambuco. Ele é o fundador do Fruto de Favela, organização social com origem numa comunidade de Maranguape I (Paulista), que impactou 39 mil vidas da periferia com educação, tecnologia e ações humanitárias. Paixão também é criador do Hub Periférico, um centro de Ciência, Inovação, Sustentabilidade e Tecnologia no Porto Digital, que reúne empresas de Tecnologia da Informação no Recife.
“O principal é que eu vim aqui falar sobre a importância de dar um passo adiante. Eu fiz isso quando me tornei um protagonista juvenil. Fundei o Fruto de Favela com 14 anos e aos 16 anos eu já recebi minha primeira premiação. Era um jovem cheio de sonhos e passei a prestar atenção aos problemas da minha cidade. Descobri que aqueles problemas tinham soluções. Então, empreender é, antes de tudo, aprender a identificar oportunidades. Num segundo momento, é criar, inovar”, explicou.
Ele prosseguiu, citando a importância de assimilar conceitos do Design Thinking, que é um modelo de criação de soluções, baseado em respostas para algumas questões, como: “o quê?”, “como?” (idealizar), “por quê?” e “quem eu quero impactar?”, por exemplo. “Quando eu desenvolvi ações ambientais, lá em 2015, 900 famílias deixaram de jogar lixo numa determinada área. Então, se eu fui o empreendedor da minha vida, vocês também podem ser das suas”, resumiu. A experiência bem-sucedida de Maranguape I resultou em 35 comunidades impactadas e em cerca de 39 mil vidas beneficiadas.
Até quinta-feira (15), os alunos participarão de oficinas e mentorias, que irão qualificá-los para a apresentação de soluções, no modelo pitch, quando haverá uma banca julgadora formada por técnicos do Sebrae. Serão quatro temáticas entre as linhas de trabalho a serem desenvolvidas: água, eletromobilidade, lixo e clima. Em paralelo, acontece a Feira de Estágio e Empregabilidade e os jovens dos projetos Economia Solidária e Jovem Mais expõem seus trabalhos.