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Circo Experimental Negro encerra temporada em escolas com duas apresentações voltadas às pessoas com deficiência

  • Cultura

O Circo Experimental Negro encerrará a temporada com duas apresentação gratuitas da performance circense A Tempestade e a Guerra. A montagem faz parto da Jornada pelos Arquétipos e Narrativas de Yansã e Ogun, que foi contemplado no Edital de Ações Criativas – Lei Paulo Gustado em Pernambuco, em 2023.

Com abertura nesta sexta-feira (16), às 10h, a performance será realizada no Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (CERVAC), localizado no Morro da Conceição, Zona Norte do Recife. O momento conta com intérprete de Libras. Nessa apresentação, a entrada será gratuita. Apesar disso, o público poderá contribuir com qualquer valor que possa ajudar a reconstruir os espaços atingidos por um incêndio, ocorrido em junho desde ano.

No dia 20 de agosto, às 14h20, será a vez dos estudantes do Colégio Dom Vital e do Centro De Atendimento Educacional Especializado Do Recife (CAEER) assistirem a performance A Tempestade e a Guerra. O evento será fechado para o público.

Concepção da performance

A montagem e concepção estética da performance circense foi inspirada na energia presente em Yansã e Ogum e seus itans, fruto das pesquisas de Hammai Assis e Rob Silva, artistas do Circo Experimental Negro. Com uma proposta artístico-pedagógica, o circo tem como objetivo colaborar com a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira.

O projeto estreou a apresentação O Encontro da Tempestade e a Guerra no dia 3 de junho no Colégio Ageu Magalhães, localizado na Estrada do Arraial, Zona Norte de Recife. Depois seguiu com mais três apresentações nos bairros de Tabajara e Xambá, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e Pilar na Ilha de Itamaracá.

Sobre a performance

Ogum e Yansã são dois Orixás mais cultuados no Brasil. Ogum é o abre caminhos, a divindade yorubá da tecnologia, da metalurgia e senhor da guerra. Yansã, deusa yorubá da tempestade, raios e trovões, limpeza e proteção. Seus arquétipos e itans trazem valores civilizatórios muito importantes que a sociedade brasileira deveria conhecer.

A teatralidade e representações do encontro dos orixás são materializados nas performances “Chegada de Ogum” com saltos acrobáticos, “Yansã Onira dos rios” com manipulação de rolling e “O Encontro da Tempestade e a Guerra”, coreografia acrobática realizada pela dupla de artistas que prometem cenas de muito encanto, sensibilidade, plasticidade e beleza.

A intervenção artística nas escolas propõe um lugar de apreciação estética, do protagonismo negro e reconhecimento da importância social e cultural afro-brasileira na formação da identidade nacional onde logo após a intervenção, que tem duração de 20min, acontece uma roda de conversa com alunos e professores, onde são tensionadas questões acerca do racismo estrutural e possíveis formas de combate.

Para mais informações, basta acessar o Instagram do coletivo Circo Experimental Negro (@circoexperimentalnegro). Há disponibilidade para contratações para atividades de letramento racial e outras atividades realizadas pelo grupo. Entre em contato pelo e-mail [email protected] para negociações.

Ficha técnica
Realização: Circo Experimental Negro
Concepção e atuação: Hammai Assis e Rob Silva
Direção Artística e coreográfica: Alex Batista
Técnico de Montagem e operador de som: Christian Lean
Fotografia e filmagem: Ju Barbosa
Designer gráfico: Ari Lucca
Parceiros: Afoxé Alafin Oyó, Ponto 1 box e Artista plástica InMariland

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