Com foco na economia criativa, mulheres do município de São Vicente Férrer, no Agreste pernambucano, estão sendo contempladas, ao longo de dez sábados, com aulas do projeto “Oficina Fio e Renda: tecelagem com fibra de bananeira”. A ação, gratuita, visa promover uma capacitação com essa importante atividade artesanal para proporcionar autonomia, emprego e renda ao grupo participante.
As atividades são desenvolvidas no Centro de Artesanato Fio e Renda pela artesã, fundadora, coordenadora e professora/oficineira, Maria de Fátima Alves, proponente do projeto. O processo de divulgação e captação das mulheres aconteceu por meio de uma parceria com a Secretaria de Assistência Social do município.
Dentro do conteúdo, a oficina é dividida em duas etapas, sendo a primeira, a identificação e coleta do pseudotronco da bananeira, vivenciada in loco no bananal. E a segunda, os desdobramentos com as técnicas de desfibragem, tecelagem manual, cestaria, revestimento de cerâmica, crochê com fibras, tingimento natural e produção de produtos sustentáveis.
“Pensamos nesse projeto como uma oportunidade de gerar autonomia para as mulheres da nossa região, que é tão rica na produção de banana, e pode, a partir disso, explorar mais uma possibilidade dessa cadeia produtiva. Acreditamos nesse trabalho como um transformador social”, defende Maria de Fátima Alves.
Como culminância, ao final das aulas, será promovida a exposição e comercialização das peças produzidas, além da entrega dos certificados de participação no Centro de Artesanato Fio e Renda. “Enquanto produtor geral, fico feliz pela dedicação das mulheres envolvidas. Certeza que daqui vamos ter produtos de primeira linha para ser comercializados e ajudar na renda das participantes”, ressalta Clébio Marques, da Usina Produções.
O projeto tem incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco e conta com a coordenação artística e administrativa de Tarcísio Alves de Lima.