Celebrado no dia 10 de novembro, o Dia de Prevenção e Combate à Surdez foi criado para conscientizar a população sobre os cuidados com a audição e a importância de se prevenir os problemas auditivos. Além do lado educativo, a data também contribui muito ao fazer com que as pessoas debatam sobre os prejuízos que a surdez pode provocar na qualidade de vida de um indivíduo, promovendo, ainda, uma reflexão sobre como apoiar as pessoas portadoras de deficiência auditiva.
“A surdez pode ser congênita, ou seja, já nascer com o indivíduo, ou ser adquirida com o passar do tempo, podendo ser descoberta tanto na infância quanto na fase adulta. A condição pode ser de três tipos: leve, moderada ou grave. A leve é aquela que, na maioria das vezes, você percebe algumas dificuldades em entender alguns tipos de sons. A moderada, em sua maioria, já acompanha a má interpretação de determinados sons, ou seja, é aquela pessoa que ouve, mas não entende. E a surdez profunda o acometimento é mais severo. Nesse último caso, o paciente precisa de algum recurso, seja aparelho auditivo ou cirurgia, para poder se comunicar tanto nas relações familiares quanto nas relações profissionais”, explica a médica otorrinolaringologista do SESI Saúde, Lêda Mattos.
A prevenção para a surdez, Lêda ressalta, é, basicamente, a proteção do ouvido. “Evitar sons muito altos, evitar se expor a barulhos intensos por períodos prolongados e a utilização de fones de ouvido são algumas maneiras de evitar a surdez”, elenca, alertando sobre o uso indiscriminado desse tipo de aparelho. Além disso, para quem trabalha com exposição ao ruído, ela destaca que é primordial utilizar equipamentos de proteção, como plugs ou conchas, para diminuir o barulho. “Também é fundamental manter um estilo de vida saudável e realizar exames de audiometria de rotina”, pontua.
A médica otorrinolaringologista explica que, basicamente, o tratamento para a surdez existente se resume ao implante coclear – para as perdas mais profundas – ou as próteses auditivas. Este último, aliás, pode ser encontrado em alguns serviços públicos que fazem doação de aparelho auditivo. Para quem já nasceu ou descobriu a surdez ainda na infância, Lêda explica que é muito comum ocorrer cirurgias de implante coclear. “Quando esse tratamento é feito ainda na infância, só há benefícios, tanto para a escolarização ou inserção da criança em um ambiente adequado para ela, quanto na preparação para essa criança ter um futuro com mais qualidade de vida e mais inclusão”.