A história de Juwan, um garotinho de dois anos da Namíbia que sofreu complicações graves na visão após ser beijado no olho por uma pessoa com herpes labial ativa, trouxe à tona a importância de estar atento a esse risco. A herpes ocular é uma infecção nos olhos causada pelo mesmo vírus do herpes labial (HSV-1).
“O vírus da herpes labial pode ser transmitido para os olhos por meio de contato direto, como beijos ou toque. Os sintomas podem ser parecidos com os de uma conjuntivite, mas é fundamental buscar atendimento médico imediatamente se houver suspeita de herpes ocular”, explicou o oftalmologista Alexandre Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura.
A herpes ocular pode causar sintomas como olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento e, em casos mais graves, infecção na córnea, o que pode levar à perda da visão. “A prevenção é fundamental. Evite beijar pessoas com herpes labial ativa e manter as mãos limpas são medidas simples, mas eficazes, para prevenir a transmissão do vírus”, acrescentou Catarina Ventura, também do IOFV.
Prevenção e tratamento
– Evite beijar pessoas com herpes labial ativa;
– Mantenha as mãos limpas;
– Evite compartilhar objetos pessoais;
– Busque atendimento médico imediatamente se houver suspeita de herpes ocular.
A herpes ocular pode causar consequências graves se não for tratada corretamente. Por isso, é fundamental buscar atendimento médico especializado para evitar complicações e preservar a visão.
Caso Juwan
O garoto Juwan, da Namíbia, perdeu a visão do olho esquerdo após ser infectado pelo vírus. A infecção se desenvolveu ao longo de sete meses até resultar em cegueira. Os primeiros sintomas apareceram quando ele tinha um ano e quatro meses. Inicialmente, Juwan apresentou uma infecção ocular persistente, e o tratamento com antibióticos não teve resultados positivos.
Posteriormente, o quadro se agravou, até que um especialista identificou a presença do vírus do herpes simples em um dos olhos. No caso de Juwan, a córnea foi infectada e começou a se deteriorar progressivamente. Como a infecção não foi tratada de forma adequada, houve uma ulceração da córnea, que acabou se perfurando em cerca de quatro milímetros. O menino perdeu a sensibilidade ocular e, consequentemente, a visão.