Neste dia 19 é celebrado o Dia Nacional do Cinema Brasileiro, em referência à primeira filmagem realizada no país. Em 19 de junho de 1898, Afonso Segreto, um italiano radicado no Brasil, registrou imagens da Baía de Guanabara, marcando o início da história do cinema brasileiro. Embora o filme não tenha sido exibido publicamente na época, a data é considerada o marco inaugural do cinema no Brasil.
Com um cinema prestigiado internacionalmente — especialmente após o Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui (dir. Walter Salles) e os prêmios em Cannes para O Agente Secreto (dir. Kleber Mendonça Filho) — o Brasil está em alta no audiovisual.
Mas você conhece o cinema feito no Agreste?
Conheça um pouco sobre quatro curtas-metragens premiados, produzidos no Agreste pernambucano.
A Botija, O Beato e a Besta-Fera (Dir. Túlio Beat | 2021)
Após um sonho, Beato enfrenta um dilema: ir atrás da botija e sucumbir à ganância ou se resignar na fé de dias melhores. Inspirado nas tradicionais histórias de botijas, comuns no Nordeste brasileiro, “A Botija, o Beato e A Besta-Fera”, curta-metragem caruaruense premiado e selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais, traz uma jornada hermética de desvendamento num Sertão fantástico.
Onde assistir: Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=2l4gYqXkbFQ)
Açude Nº 50 (Dir. Paulo Conceição e Wagner Ferreira | 2020)
O curta documental realizado por estudantes caruaruenses mostra o Açude N° 50, pequeno açude da zona rural de Caruaru que agoniza enquanto crianças se unem para tentar reverter os prejuízos causados pela ausência de práticas sustentáveis. Por meio de depoimentos, eles resgatam a história e relevância do açude para o povoado. Filme premiado e selecionado para mais de 50 festivais nacionais e internacionais.
Onde assistir: Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=Tm-8fujQKJw)
O Carnaval É de Pelé (Dir. Daniele Leite e Lucas Santos | 2025)
Neste curta-metragem documental gravado em Caruaru-PE acompanhamos Pelé, um enfermeiro aposentado que relembra seus momentos como Mateus do grupo centenário de Bumba Meu Boi, Boi Tira-Teima. Enquanto costura um boi para o folguedo, ele reconstrói os momentos marcantes de sua trajetória como brincante, carnavalesco e filho do Mestre Gerson, o antigo patriarca do grupo. O filme mostra como a forma com que lidamos com a saudade do passado molda o que somos no presente. Premiado no Curta Taquary e no CinePE.
Onde assistir: em distribuição em festivais.
Sob o Delírio de Agosto (Dir. Carlos Kamara e Karla Ferreira | 2018)
O filme, com 18 minutos de duração, aborda o drama psicológico de Severo, um homem do campo que vive um dilema entre a realidade e a imaginação. A produção foi gravada em Orobó, no agreste pernambucano, com incentivo do Funcultura. O curta foi exibido em diversos festivais e conquistou diversos prêmios como CinePE, Festival de Triunfo, Cine Paraíso e Festival de Cinema de Caruaru.
Onde assistir: Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=LdFvD5WGLfQ)
