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Dores na cervical e lombar: existe postura correta para prevenir?

  • Saúde

Atividades rotineiras realizadas em uma mesma posição por longos períodos — como dirigir, estudar, trabalhar em frente ao computador ou executar tarefas manuais — podem causar dores em diversas partes do corpo, especialmente na região cervical e lombar. A cervical é responsável por sustentar a cabeça e permitir os movimentos do pescoço, enquanto a lombar suporta o peso do tronco e possibilita os movimentos de inclinação e rotação do corpo.

Em muitos casos, o impacto é direto na rotina e na produtividade de milhares de brasileiros. As dores nas costas, por exemplo, são queixas de cerca de 80% da população, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A forma crônica do problema atinge 36% da população do país, conforme dados da Fundação Oswaldo Cruz.

Mas será que existe uma postura correta para evitar problemas nestas regiões? De acordo com o fisioterapeuta da clínica Fisio FPS, Emanuel Reis, a resposta é não. “O que a ciência vem mostrando é que nenhuma posição é ideal por muito tempo. O corpo foi feito para se mover, então, a melhor postura é sempre a próxima”, afirma.

“Então, ao contrário do que muitos acreditam, não existe evidência científica de que posturas específicas por si só sejam responsáveis diretas por dores na coluna. O que realmente importa é a variação de movimentos”, explica.

Prevenir

A prevenção não consiste em manter uma “postura perfeita”, mas sim em evitar permanecer na mesma posição por tempo excessivo. Para ajudar nesse processo, o fisioterapeuta recomenda: “levantar-se a cada 30–40 minutos, caminhar curtas distâncias, variar a forma de sentar, variar posturas durante o trabalho e se alongar ao longo do dia”.

A prática regular de exercícios físicos é outro ponto-chave. “O mais importante é escolher uma modalidade que seja prazerosa e adequada ao seu estilo de vida, como musculação, pilates, natação, dança, caminhada, corrida, entre tantas outras. Caso nunca tenha praticado, é essencial realizar uma avaliação profissional e ter acompanhamento para começar com segurança”, complementa.

Além disso, aspectos como sono adequado, alimentação balanceada, hidratação, manejo do estresse e cuidado com a saúde mental são fundamentais para reduzir o risco de dores e melhorar a qualidade de vida.

Tratar

Quando a dor já está presente, buscar ajuda profissional é fundamental. A fisioterapia especializada é de extrema importância. “Com técnicas complementares como terapia manual e eletrotermofototerapia, o exercício físico é o ponto-chave no tratamento fisioterapêutico, visando fortalecimento, ajuste de movimentos específicos, melhora da coordenação, ativação muscular e, sobretudo, de retomada da confiança no próprio corpo”, finaliza Emanuel.

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