O mês de setembro é destinado a um importante debate na sociedade sobre a prevenção ao suicídio, uma das principais causas de mortalidade no mundo. De acordo com dados da OMS, o Brasil ocupa um triste 8º lugar em número de suicídios e já é considerada a segunda causa de mortes entre a população jovem.
O colégio GGE proporcionou uma live com o médico psiquiatra – doutor em neuropsiquiatria e ciências do comportamento, Dr. Tiago Queiroz, para debater com os pais sobre o valor que o diálogo familiar é importante e como perceber alguns sinais comportamentais dos filhos, na fase da adolescência.
“Os pais precisam compreender que é normal que o seu filho adolescente seja mais introspectivo em casa, tenham alguns impulsos de irritabilidade, queira fazer as coisas de acordo com sua vontade, mude rapidamente de humor. Acontece que, é nesta fase que as mudanças hormonais estão acontecendo e algumas partes cerebrais, responsáveis por estas características se desenvolvem mais rapidamente que a parte do cérebro capaz de ponderar as situações e agir com maior maturidade. Por isso, é preciso compreender algumas situações para continuar mantendo um diálogo com os filhos e não apenas impor as regras, que só vão afastar a relação e tornar mais difícil a tarefa de perceber se o seu filho precisa de algum tipo de ajuda e apoio emocional”, explicou o Dr. Tiago Queiroz, em sua apresentação da Live do GGE.
De acordo com o psiquiatra, essas mudanças não são permanentes e por isso, se os pais notarem um excesso nessas características como: sinais de ansiedade; muito isolamento, até com os amigos; desinteresse pelas coisas que gosta de fazer; irritabilidade por muito tempo; sentimento de inutilidade; interesse por postagens com mortes ou temas desta natureza, ou características correlatas a essas citadas, devem acender o sinal de alerta, para que observem o adolescente e até busquem ajuda profissional, se necessário.
É comum que os pais evitem falar sobre suicídio com os filhos, na tentativa de minimizar a importância ou por acreditarem que pode despertar algo, caso converse sobre o tema. Entretanto, é justamente o oposto, é muito importante conversar sobre o suicídio, de maneira explicativa, como forma de alerta sobre os casos que ocorrem atualmente e, principalmente, para que os filhos entendam que possuem abertura suficiente para que esse e outros assuntos importantes sejam discutidos.
“É importante que os pais saibam que a adolescência é o momento em que os filhos mais precisam dos pais, porém é o que eles menos demonstram. Um ambiente saudável é primordial para que o adolescente tenha um lar seguro. Além disso, os pais devem cuidar também do seu bem estar emocional, pois só podemos cuidar do outro quando estamos bem emocionalmente. Os pais devem ser participativos, em todas as etapas da vida dos filhos, só assim vão conseguir cuidar e educar da melhor forma”, concluiu Queiroz.
Durante todo este mês, o colégio GGE montou uma programação especial para trabalhar este tema muito importante que é o Setembro Amarelo, como também foi confeccionada, pelas psicólogas do Serviço de Orientação Educacional e Psicológica (SOEP), uma cartilha para informar melhor sobre o assunto, tanto para os alunos como para os pais e responsáveis.
“O objetivo é explicar de maneira mais lúdica sobre o tema. Nós do colégio GGE conversamos em salas de aulas, fazemos campanhas, mas sabemos que um material físico norteia e faz com que eles absorvam de forma mais organizada. Esta sistematização de ideias serve para que os alunos e responsáveis possam ler, refletir, ajudar pessoas, enfim, levar adiante as informações e cuidados, buscando ajudar o máximo que todos puderem ao seu redor”, relatou a psicóloga do Ensino Fundamental 2 e Médio da unidade GGE Parnamirim, Milena Lucena.
Para baixar a cartilha e saber mais sobre o tema, acesse: https://pages.gge.com.br/setembro-amarelo-2021