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Agrestina oficializa seus primeiros Patrimônios Vivos Municipais

  • Cultura

A Prefeitura de Agrestina, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, oficializou os primeiros Patrimônios Vivos Municipais. Através da Lei Municipal nº 1.715, foram reconhecidos Nicodemos José Torres, o Tata da Compesa, criador da Bandeira Municipal (Decreto Municipal nº 2.232); José Emiliano de Melo Júnior, idealizador e desenhista do Brasão de Agrestina (Decreto Municipal nº 2.226); e José Ferreira da Silva, o Zé Caroba, autor do Hino Oficial (Decreto Municipal nº 2.227).

A solenidade de diplomação aconteceu no dia 11 de setembro, durante as comemorações pelos 97 anos de emancipação política do município, na sede do Poder Executivo. O momento contou com a presença da Patrimônio Vivo de Pernambuco, Dona Menininha do Alfenim, que participou como convidada especial e reforçou a importância do reconhecimento oficial de mestres e mestras que preservam a cultura popular.

Durante a cerimônia, Tata da Compesa recordou o concurso escolar que deu origem à Bandeira de Agrestina e destacou a emoção de ver sua criação reconhecida.  “Quando criei a bandeira de Agrestina, há 37 anos, participei de um concurso na escola e nunca imaginei que a minha proposta seria escolhida para representar todo o município. Cada cor, cada detalhe, carrega a essência da nossa história e da nossa gente, e é uma alegria saber que essa bandeira continua tremulando como símbolo do orgulho agrestinense”, disse. 

O compositor Zé Caroba falou sobre a inspiração que o levou a escrever o Hino Municipal, ressaltando a forte ligação com a terra natal. “Escrever o hino de Agrestina foi uma experiência única. Eu morava em Recife, mas a saudade da minha terra falava alto. Ao ver uma reportagem sobre as andorinhas, que são símbolo da cidade, veio a inspiração. Naquela mesma noite, coloquei em palavras todo o amor que sinto pelo nosso povo e pela nossa história. A cada vez que ouço o trecho ‘quem se afasta de ti Agrestina, vive sonhando um dia voltar’, lembro da emoção que senti ao compor, e do quanto nossa cidade está sempre presente no coração de quem nasceu aqui”, pontuou. 

Já Emiliano Júnior relembrou os estudos que resultaram na criação do Brasão Municipal, fruto de pesquisa e dedicação. “Criar o brasão de Agrestina foi um desafio que me motivou a pesquisar profundamente sobre o município. Passei dois anos estudando seus aspectos históricos, culturais e geográficos para chegar ao resultado que temos hoje. O brasão nasceu do desejo de dar ao município um símbolo próprio, capaz de representar nossa identidade de forma oficial e institucional. Foi muito trabalho, muito empenho, mas também uma grande satisfação em contribuir para eternizar a história de Agrestina em um símbolo que é de todos nós”, afirmou. 

O secretário Municipal de Cultura e Turismo, Josenildo Santos, destacou que a diplomação dos Patrimônios Vivos é um marco na política cultural do município. “Esse reconhecimento é um passo fundamental para valorizar a nossa memória e dar visibilidade àqueles que ajudaram a construir a identidade de Agrestina. Estamos falando de cidadãos que transformaram a história em símbolos, que hoje fazem parte do nosso cotidiano e nos representam diante do mundo. Ao oficializar esses patrimônios, reafirmamos o compromisso da gestão com a preservação cultural e com o fortalecimento das nossas tradições”, disse. 

Josenildo Santos informou, ainda, o papel educativo dos Patrimônios Vivos. “Além do reconhecimento formal, os Patrimônios Vivos participarão de programas de ensino e aprendizagem, transmitindo seus conhecimentos e técnicas a alunos e aprendizes. Essa iniciativa permitirá manter vivas as tradições do município, e a Secretaria de Cultura e Turismo acompanhará e fiscalizará essas ações, garantindo que a memória cultural seja preservada e compartilhada com as futuras gerações”, finalizou. 

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