Dezembro, o derradeiro mês do ano, geralmente é associado a celebrações, festividades e momentos de confraternização. Contudo, para muitos, este período esconde desafios que impactam diretamente a saúde mental, uma condição conhecida como “dezembrite” ou a popular “Síndrome do final de ano”. O crescimento desses desafios ocorre especialmente após o Natal, estendendo-se até os primeiros dias de janeiro. Nessa perspectiva, a psicóloga Jullyanna Cardoso compartilha insights valiosos sobre como preservar a saúde mental durante as festividades.
De acordo com Jullyanna Cardoso, a pressão para corresponder às expectativas sociais e familiares atinge níveis avassaladores durante o dezembrite. A preparação para as festas de fim de ano, a busca por presentes, a organização de refeições especiais e a exigência de manter um clima festivo podem resultar em elevados níveis de estresse e ansiedade. “É crucial lembrar que não há um único padrão de celebração, e cada indivíduo tem o direito de definir como deseja vivenciar essa época do ano”, ressalta a psicóloga, enfatizando a importância de encontrar o próprio ritmo nas festividades.
A mestranda em saúde mental destaca que, para muitas pessoas, o mês de dezembro transcende a alegria festiva, transformando-se em um período marcado por solidão e nostalgia. “Aqueles distantes de suas famílias ou que perderam entes queridos podem experimentar uma sensação intensificada de saudade e tristeza”, comenta. Nesse contexto, ela enfatiza a importância de reconhecer esses sentimentos e procurar apoio emocional, seja por meio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental.
Jullyanna Cardoso, especialista em Terapia Cognitiva Temperamental, destaca a importância do autocuidado durante o período de dezembrite. “Estabelecer limites saudáveis, praticar a autorreflexão, manter uma rotina de sono adequada e encontrar maneiras de lidar com o estresse, como a meditação ou a prática de atividades físicas, são estratégias fundamentais para preservar o bem-estar mental”, ressalta a especialista.
A psicóloga enfatiza que pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e autocompaixão. “Se você estiver enfrentando desafios emocionais significativos, considerar a busca por terapia ou aconselhamento pode ser uma decisão poderosa para apoiar sua saúde mental durante este período”, aconselha. “Encorajo todos a abraçarem esse mês com consciência e autocuidado. Lembre-se de que a saúde mental é uma prioridade durante todas as estações do ano, e buscar apoio e cuidado emocional é um passo fundamental para enfrentar os desafios de dezembrite com resiliência e equilíbrio”, conclui a especialista.