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ANS abre Consulta Pública para avaliar inclusão de tratamento para pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES)

  • Saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulamentação do sistema privado de saúde, abriu uma consulta pública para avaliar a possível incorporação de uma nova alternativa terapêutica para pacientes adultos (acima de 18 anos) com lúpus eritematoso sistêmico (LES) e refratários às terapias convencionais à lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A iniciativa busca ampliar o acesso a opções de tratamento para essa doença autoimune, crônica, multissistêmica, que afeta majoritariamente mulheres jovens e pode comprometer articulações, pele, rins, pulmões, coração e cérebro.

De difícil diagnóstico e com evolução imprevisível, o LES se manifesta por meio de sintomas como fadiga intensa, dores articulares, lesões cutâneas em formato de “asa de borboleta” no rosto, febre, perda de peso, queda de cabelo e alterações nos rins e no sistema nervoso central.

Um estudo recente conduzido com pacientes brasileiros diagnosticados com lúpus eritematoso sistêmico identificou que 92,5% das pessoas com a doença são mulheres, com média de idade de 41,9 anos. Ainda segundo os dados, 33,3% se aposentaram de forma compulsória devido às limitações causadas pela doença.

O diagnóstico é feito com base em uma combinação de critérios clínicos, exame físico e laboratoriais, e o tratamento geralmente inclui medicamentos como antimaláricos, corticoides e imunossupressores, com o objetivo de controlar a inflamação e evitar os chamados flares – momentos de reativação da doença que agravam os sintomas e comprometem a qualidade de vida dos pacientes.

Com flutuações de atividade e risco de danos permanentes e irreversíveis aos órgãos – que acometem cerca de 50% dos pacientes em até 5 anos após o diagnóstico, o LES exige um cuidado contínuo e personalizado, que equilibre a supressão da atividade imunológica com os potenciais efeitos colaterais dos medicamentos. Nesse cenário, a avaliação da ANS para incorporação de um medicamento imunobiológico alvo específico representa um avanço ao considerar a ampliação das opções terapêuticas disponíveis para pacientes que não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais.

Por que participar da Consulta Pública?

A incorporação de um novo medicamento no rol da ANS pode representar um avanço no cuidado de pacientes adultos com sintomas persistentes, que já passaram por diversas linhas de tratamento e enfrentam grande impacto físico e emocional.

Profissionais de saúde, pacientes, familiares e a população em geral podem enviar contribuições à consulta pública n° 158, que ficará aberta até 29 de julho de 2025. Para participar e saber mais informações, é necessário acessar Link.

Como participar?

Participar é simples e pode fazer a diferença. Saiba como contribuir:

  1. Acesse o site: Link.
  2. Leia o relatório COSAÚDE e documentos de apoio da UAT 163: entenda os critérios e evidências científicas de Belimumabe avaliadas.
  3. Envie sua opinião: Clique em “Consulta pública nº 158 – Contribua agora”, insira seus dados e tipo de contribuinte. Selecione a 1ª recomendação preliminar sobre tratamento para lúpus, inclua sua opinião e justificativa. Em seguida clique em “Incluir contribuição” e por fim em “Enviar contribuições”.

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