A comunidade de Brasília Teimosa, mais especificamente crianças e adolescentes que fazem parte da ONG Centro de Educação Popular Maide Araújo (CEPOMA), receberá o projeto “Depois do voo – Rotas para pousar no futuro”, da artista Elis Costa, que está celebrando 30 anos de carreira artística na dança.
Os integrantes da instituição serão contemplados com oficinas gratuitas de videodança, entre os dias 10 e 14 de outubro, e com a exibição inédita da videodança em realidade virtual “Encanto”, dirigida por Elis Costa, Alexandre Salomão, Liana Gesteira e Zé Diniz, no dia 17 de outubro, em dois momentos, das 9h às 11h e das 14h30 às 16h30. A experiência é destinada às crianças e adolescentes ouvintes e surdas, com idade a partir dos 7 anos. O projeto conta com o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura-PE).
Oficinas de videodança para crianças e adolescentes – Com o tema “Dança, audiovisual e memória”, as oficinas terão abordagem prático-teórica, no intuito de levar os pequenos a conhecerem a linguagem da videodança.
A artista Elis Costa explica que a ideia da oficina é contribuir com a construção de memórias pessoais e coletivas da comunidade de Brasília Teimosa, e possibilitar que os alunos experimentem os movimentos de seus corpos e as potencialidades de alguns equipamentos e ferramentas de captação e edição.
“O nosso desejo é contribuir com a formação dessas crianças e adolescentes, desenvolvendo a sensibilidade e ampliando a consciência para o contexto em que vivem, alargando as habilidades e competências para a transformação da realidade e inúmeras possibilidades de realização de sonhos através da arte”, explica Elis.
Exibição inédita da videodança “Encanto” – A mostra do resultado final do projeto acontecerá dia 17 de outubro, mês das crianças, das 9h às 11h e das 14h30 às 16h30, com a apresentação da videodança “Encanto”. A obra audiovisual tem duração de seis minutos e cada criança mergulhará nesta fantasia individualmente, com ajuda da tecnologia de realidade virtual.
De uma por uma, as crianças entrarão no espaço do CEPOMA que será reservado para as exibições e serão convidadas a usarem um óculos VR, onde a videodança será projetada. Trata-se de uma experiência imersiva, e cada criança por vez será “transportada” a um ambiente digital, onde estarão acompanhados virtualmente da personagem da videodança, que irá estimular muita imaginação com boa dose de magia. Para enfatizar o mergulho, o local da exibição ainda contará com uma instalação sonora externa que reforçará as sensações corporais propostas.
A obra conta ainda com legendas para surdos e ensurdecidos (LSE). “Em ‘Encanto’ a legenda também é corpo, também propõe movimento. A inclusão no projeto foi pensada e exercida desde a pesquisa com o acompanhamento de Bruna Cortez e Marcelo Pedrosa (consultor surdo), como parte integrante e indissociável do resultado final”, diz Elis.
Sobre a tecnologia em Realidade Virtual – É uma tecnologia de interface entre um usuário e um sistema operacional através de recursos gráficos 3D ou imagens 360o, cujo objetivo é criar a sensação de presença em um ambiente virtual diferente do real. A tecnologia pode oferecer ao usuário, através de dispositivos, uma simulação da realidade, um falso universo de ícones e símbolos capaz de provocar um envolvimento tão profundo que o leva a confundir com um universo real. É a sensação de experienciar uma realidade alternativa desenvolvida artificialmente.
“Estamos diante de uma sociedade hiperconectada. Isso tem seus perigos e também seus feitiços. Nossa aposta é que a Realidade Virtual em uma obra artística feita para crianças pode ser uma aliada, um forte atrativo para o público que desejamos alcançar. Ao menos por seis minutos teremos a atenção dos pequenos e dos adolescentes, algo cada vez mais raro. Nesse tempinho, o que queremos é provocá-los a sonhar. Exercitar o direito que temos de nos maravilhar, apesar de todas as dificuldades. Lembrá-los que o encanto também é para nós”, conclui a artista Elis Costa.
Sinopse da videodança “Encanto” – Às vezes quando falta chão a gente é obrigado a voar. Mas o que vem depois do voo? “Encanto” é uma videodança que propõe uma experiência imersiva em realidade virtual para crianças surdas e ouvintes pousarem no futuro. Uma rota mágica que nasce do plantio da saudade como caminho para reflorestar a vida.
“Encanto” é o resultado final da pesquisa em dança “Depois do voo – Rotas para pousar no futuro”. Durante dois meses de grupo de estudos, imagens inéditas que foram captadas em câmera de 360º durantea realização das videodanças já lançadas por Elis Costa anteriormente (Plantando o voo, em 2021, e O voo, em 2022) – ambas abordando a temática do luto em contexto de pandemia – foram revisitadas e investigadas. Agora, nasce a terceira videodança como culminância do projeto, desta vez moldada para o público infantil e com mensagens outras, reavivando os sonhos e o encantamento em Realidade Virtual.
FICHA TÉCNICA: ENCANTO
Roteiro, produção e elenco: Elis Costa
Direção: Alexandre Salomão, Elis Costa, Liana Gesteira e Zé Diniz.
Dramaturgia: Liana Gesteira
Direção de fotografia, desenho de som e trilha sonora: Alexandre Salomão
Sons adicionais:
CC0
Andrew – Ambient Space Texture
Felix Blume – Small wood in the Brazilian countryside insects and birds
CC BY-NC 4.0
Patrick Lieberkind – Futuristic rhythmic game ambience
Philip Goddard – Extraordinary Quintet of wind chimes gypsy Olympos Polaris Mercury
Direção de arte e figurino: Luz Travassos
Maquiagem: Flepa
Design, identidade visual e cartaz: Zé Diniz
Edição, efeitos visuais e montagem: Zé Diniz
Assistência de produção: Ailce Moreira e Jairzinho
Assistência de fotografia e som direto: Zé Diniz
Assistência de arte e figurino: Flepa
Assistência de maquiagem: Luz Travassos
Acessibilidade comunicacional: Entrelinhas Comunicação Acessível
Legenda descritiva: Bruna Cortez
Consultoria: Marcelo Pedrosa
Costura: Fátima Magalhães
Transporte: João Francisco (Seu João)
Alimentação: Habitat Cozinha
Assessoria de imprensa: Alcateia Comunicação e Cultura (Dea Almeida)
SERVIÇO:
Exibição inédita da videodança “Encanto” em Brasília Teimosa
Data: 17 de outubro
Local: CEPOMA (Rua Dragão do Mar, 205, Brasília Teimosa)
Horários: das 9h às 11h e das 14h30 às 16h30
Acesso: gratuito
Faixa etária: crianças surdas e ouvintes a partir dos 7 anos de idade