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Câncer de cabeça e pescoço causa cerca de 10 mil mortes, ao ano, segundo INCA

Câncer de cabeça e pescoço causa cerca de 10 mil mortes, ao ano, segundo INCA

  • Saúde

O câncer de cabeça e pescoço – caracterizado pelos tumores de lábios, cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal e tireóide – causa cerca de 10 mil mortes, ao ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A doença representa a segunda maior incidência nos cânceres entre os homens (sobretudo, acima dos 60 anos) e o quinto tipo mais incidente, tanto em homens quanto em mulheres, no Brasil.

O oncologista Alexandre Sales – com atendimento no NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), em Caruaru, Pernambuco – destaca a importância da manutenção de hábitos que contribuam para o controle e prevenção da doença. “É preciso estar atento aos fatores de risco, a exemplo do tabagismo; consumo de bebidas alcoólicas; além da infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que pode decorrer de relações sexuais (com pessoas infectadas) que atingem a pele e a mucosa bucal”. 

Evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas em excesso; usar preservativo durante o ato sexual; tomar a vacina contra o papilomavírus humano (HPV); manter uma alimentação equilibrada; preservar a higiene bucal e ir regularmente ao dentista estão entre os cuidados preventivos da doença, que estão relacionadas a fatores externos (com exceção do câncer de tireoide).

O médico diz que a doença manifesta alguns sintomas já na fase inicial, mas esses são geralmente menosprezados pelas pessoas, por serem inespecíficos. Dessa forma, quando se percebe e busca ajuda médica, os tumores já estão avançados. “Para se ter uma ideia, cerca de 70% dos casos são descobertos nessa fase, quando já se apresentam sinais como rouquidão; dificuldade para engolir; feridas persistentes na boca; emagrecimento sem causa definida; além de ferida aparente na face”. Por isso, é preciso ficar atento a qualquer sintoma e buscar um médico para o rastreamento, a fim de evitar a progressão da doença”.

Quando diagnosticada com antecedência, as chances de cura aumentam consideravelmente, segundo o especialista. “O diagnóstico precoce é super importante. Por isso a importância de se visitar regularmente um médico ou um dentista, que vai fazer uma análise completa da boca e garganta em busca de possíveis lesões”.

Para o diagnóstico é feita uma avaliação clínica da cavidade oral, bem como exames de imagem, a exemplo de ressonância magnética ou tomografia. Uma biópsia é realizada para a confirmação. Assim, a doença é tratada através de procedimento cirúrgico, a depender do estágio e localização do tumor e se há ou não metástase. A cirurgia pode fazer a retirada de partes da mandíbula, lábios ou língua. Se isso for necessário, uma cirurgia plástica é indicada, assim como acompanhamento fonoaudiológico para a recuperação da fala e da deglutição. Pode haver ainda a indicação de radioterapia e quimioterapia.

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