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Caruaru se transforma na Capital de Todos os Ritmos

Caruaru se transforma na Capital de Todos os Ritmos

“É a Capital do Forró, é a Capital do Forró, é por isso que Caruaru é a Capital…” do coco, da ciranda, do samba, do frevo, do maracatu, do caboclinho… Sim, desde sexta-feira (9), Caruaru, a Capital do Forró, tornou-se a capital de todos os ritmos pernambucanos. O Festival Pernambuco Meu País chegou com força na Princesa do Agreste desde cedo.

Logo no começo da tarde, as ruas do Centro do município foram tomadas por diversas manifestações culturais e todos os trilhos levavam à antiga Estação Ferroviária, onde estacionou o caminhão-palco, que abriu os trabalhos do País das Culturas Populares com o Grupo Cultural Indígena Fetxha, de Águas Belas (Agreste); Dona Del do Coco e Ciranda e o Grêmio Recreativo Escola de Samba Preto Velho, ambos de Olinda (Região Metropolitana do Recife).

Nesta etapa acontece uma experiência de interação das atrações que sobem ao palco-caminhão com as que desfilam em cortejo pelas ruas. Enquanto o Fetxha se apresentava, por exemplo, passou o Batalhão Flor de Lis de bacamarteiros de Barra de Guabiraba (Agreste). No palco, o grupo fulni-ô tocou forró e coco prestando homenagens a João do Pife e a Azulão, expoentes da cultura popular caruaruense. Cantando em sua língua originária e em português, também prestou tributo ao antepassados e fez sua própria versão de Asa Branca (Luiz Gonzaga & Humberto Teixeira).

Depois foi a vez de Dona Del, Ouro Preto/Tabajara (Olinda) mostrar porque é uma autêntica instituição quando se trata de manter viva a tradição do coco e da ciranda no Estado. Quase dava para ver subir a poeira sobre o piso de alvenaria do pátio e até ouvir o barulho do mar no Centro da Princesa do Agreste. Com seu grupo de voz e percussão, Dona Del destilou seu repertório próprio com temas de seu imaginário e até composições bastante atuais e engajadas, como Vidas Negras Importam, que dispensa explicações. Enquanto a coquista-cirandeira soltava sua voz, pelo pátio desfilavam a trupe da Associação de Bacamarteiros São João.

Já adentrando a noite, a Escola de Samba Preto Velho trouxe sua versão de palco, com vozes, cavaco, percussão, bailarinos e passistas provocando um Carnaval fora de época no País das Culturas Populares. Em um repertório de sambas-enredos, MPB e cultura popular interpretou canções como Retalhos de Cetim (Benito di Paula); Não Deixe o Samba Morrer (Edson Conceição, Aloísio & Alcione), sucesso da Marrom; Vou Festejar (Jorge Aragão, Dida & Deoci) e Coisinha do Pai (Jorge Aragão, Almir Guineto & Luiz Carlos), hits da Madrinha do Samba; Mas que Nda (Jorge Ben Jor); É Hoje (Didi Mestrino), enredo da União da Ilha de 1982; O que É, o que É (Gonzaguinha); e Zé do Caroço (Leci Brandão). Ficou aquele gostinho de quero mais.

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