Na próxima quinta-feira (19), o Circo Experimental Negro fará uma oficina e o espetáculo para celebrar os 20 anos do Grupo de Estudos em História Sociocultural da América Latina (Gehscal), da Universidade de Pernambuco (UPE), localizado na Mata Norte do Estado. A dupla circense Hammai Assis e Rob Silva se apresentam a convite do Kmaikya: Histórias Indígenas (https://www.instagram.com/kmaikya/) e do Gehscal-UPE (grupo de estudos em História Sociocultural da América Latina).
Os estudantes poderão participar da oficina Letramento racial e Afrocentricidade: A importância das Estéticas Negras e Contemporâneas na Educação, com acesso gratuito e vagas limitadas. O encontro será das 15h30 às 18h30, no Campus Mata Norte, da UPE. Para participar, basta realizar a inscrição no formulário online.
A oficina aborda conteúdos sobre a história do direito e leis no Brasil colonial e a institucionalização do racismo pelo estado, recursos pedagógicos práticos e teóricos e culminará na apresentação do grupo com a performance circense. A apresentação do espetáculo O Encontro da Tempestade e a Guerra – Jornada pelos Arquétipos e Narrativas de Yansã e Ogun será às 19h, no espaço Paulo Freire, também no Campus Mata Norte e terá acesso livre para o público.
Concepção da performance
A montagem e concepção estética da performance circense foi inspirada na energia presente em Yansã e Ogum e seus itans, fruto das pesquisas de Hammai Assis e Rob Silva, artistas do Circo Experimental Negro sob direção de Alex Batista (coordenador da ala da dança do Afoxé Alafin Oyó). Com uma proposta artístico-pedagógica, o circo tem como objetivo colaborar com a Lei 10.639/03, que torna obrigatório o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira. O projeto estreou no dia 3 de junho realizando 6 apresentações em escolas públicas e espaços de atuação inclusiva desenvolvidos com recursos da Lei Paulo Gustavo de Pernambuco.
Sobre a performance
Ogum e Yansa são dois orixás muito cultuados no Brasil e seus arquétipos e itans trazem valores civilizatórios muito importantes que a sociedade brasileira deveria conhecer. A intervenção artística propõe um lugar de apreciação estética, do protagonismo negro e reconhecimento da importância social e cultural afro-brasileira na formação da identidade nacional onde logo após a intervenção, que tem duração de 20min, acontece uma roda de conversa onde são tensionadas questões acerca do racismo estrutural e possíveis formas de combate.
Para mais informações, basta acessar o Instagram do coletivo Circo Experimental Negro (@circoexperimentalnegro). Há disponibilidade para contratações para atividades de letramento racial e outras atividades realizadas pelo grupo. Entre em contato pelo e-mail [email protected] para negociações.
Ficha técnica
Realização: Circo Experimental Negro
Concepção e atuação: Hammai Assis e Rob Silva
Direção Artística e coreográfica: Alex Batista
Técnico de Montagem e operador de som: Christian Lean
Fotografia e filmagem: Ju Barbosa
Designer gráfico: Ari Lucca
Parceiros: Afoxé Alafin Oyó, Ponto 1 box e Artista plástica InMariland