Não é surpresa para ninguém que o presidente Lula (PT) tem um perfil centralizador. Embora faça sempre defesa da democracia, da diversidade de pensamentos e ideias, quando algo começa a sair do roteiro pré-aprovado por ele, a resposta é rápida.
Pelo que demonstrou na indicação do ministro Flávio Dino (PSB) à vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula não anda muito interessado em discutir, por agora, sucessão presidencial. Nem ele e nem o PT, que também trabalha com a velocidade da luz quando sente cheiro de ameaça aos seus interesses.
Desde o início do governo Lula 3, o ainda ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que não é do PT, deu sinais de que sua popularidade estava numa curva de crescimento que não se podia prever aonde chegaria. A sombra começou a incomodar. Nas redes sociais, diversos comentários defendiam o nome dele para a eleição de presidente em 2026. Só faltou o possível eleitorado do maranhense combinar com Lula e com o PT.
Com a vaga aberta no STF, estava criada a oportunidade perfeita para tirar a sombra de Dino de cima dos objetivos de Lula e do PT. Caso seja candidato à reeleição, Lula não desejará que a sociedade o questione apontando outro nome de esquerda, com carisma e preparo. Caso não seja candidato, ele mesmo quer escolher o sucessor. Não quer ser levado pela onda que se formava em torno do nome de Dino. Claro que Dino no STF é bom pra Lula, mas 2026 pesou nessa decisão.
Lula não escolheu ainda quem pode vir a ter o seu apoio para ocupar sua cadeira. Mas já escolheu quem não terá.
Ninho tucano sob nova direção
O PSDB de Pernambuco oficializou o novo presidente da legenda no estado em convenção nesta quarta-feira (29/11), no Recife. O empresário do ramo de hotéis Fred Loyo assumiu a vaga por escolha da agora ex-presidente do partido, a governadora Raquel Lyra (PSDB). Ele afirmou que trabalhará “com a ajuda” e “sob a liderança dela”.
Céu de brigadeiro para João Campos (PSB) na Câmara de Vereadores
Sem polêmicas e desentendimentos, a Câmara de Vereadores do Recife aprovou, na terça-feira (28/11), o orçamento do município para 2024. Com valor 13% maior em relação a 2023 (R$ 7,2 bilhões), a Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano que vem fechou em R$ 8,2 bilhões. O líder do governo na Casa, vereador Samuel Salazar (MDB), disse que a votação, por unanimidade, foi fruto de diálogo.