Uma comitiva formada por profissionais do SENAI Pernambuco embarcou, no último fim de semana, para São Tomé e Príncipe, na África, com o objetivo de implantar o ensino de cursos técnicos no país.
A viagem marca o início da segunda fase da parceria entre a Agência Brasileira de Cooperação e o governo local, firmada por meio do Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o SENAI Pernambuco a instituição selecionada para executá-la.
Neste momento, será realizado o monitoramento do projeto e construído o planejamento estratégico para a oferta dos cursos de Eletrotécnica, Redes de Computadores e Administração à população local. A ideia é que as aulas sejam ministradas no Centro de Formação Profissional Brasil – São Tomé e Príncipe, inaugurado em 2014, também resultado dessa parceria.
A República Democrática de São Tomé e Príncipe é um país insular, situado a cerca de 350 km da costa ocidental da África. Com uma população de cerca de 200 mil habitantes, esse país conta com uma economia marcada pela agricultura, pela pesca e pelo turismo. Nesse contexto, a parceria firmada entre o SENAI Nacional, o SENAI Pernambuco e o Governo de São Tomé e Príncipe nasceu em 2010, com a proposta de construção do Centro de Formação Profissional Brasil – São Tomé e Príncipe, como forma de estimular o desenvolvimento econômico e industrial no país.
“Nós vamos exportar todo o modelo da educação profissional do SENAI, tanto no que diz respeito à organização de uma escola técnica quanto no que se refere ao nosso modelo de educação, voltado para a construção de competências profissionais, que é uma marca forte que o SENAI tem no Brasil”, explica a diretora de Educação do SENAI Pernambuco, Carla Abigail, uma das integrantes da comitiva pernambucana. Além dela, seguiram também para o país africano o gerente de Educação, Júlio Lopes, e o analista de Educação Profissional Danilo Soares.
Além do planejamento estratégico, os especialistas também realizarão, em uma etapa futura, a capacitação dos docentes que serão responsáveis por ministrar os cursos escolhidos e de toda a equipe de gestão da escola. “Serão ministrados cursos nas áreas de Administração, Redes de Computadores e Eletrotécnica, que foram sinalizados pelo próprio Governo como importantes para incentivar o desenvolvimento das áreas de gestão, inovação tecnológica e energia elétrica. Com isso, será possível estimular a mão de obra para atrair empresas e, consequentemente, promover o desenvolvimento local”, explica Danilo Soares.
Em 2014, quando foi inaugurada, a escola ofereceu cursos de curta duração em áreas como Construção Civil, Eletricidade, Mecânica de Automóveis e Motocicletas e Processamento de Alimentos. “Naquele ano, repassamos a infraestrutura da unidade para que o governo de São Tomé e Príncipe pudesse fazer a gestão dessa escola. Agora, voltamos e vamos iniciar essa segunda etapa”, explica Júlio Lopes, que também é coordenador do projeto no SENAI Pernambuco.