A Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) amplia sua rede de abastecimento até a cidade de Nazaré da Mata. A expansão faz parte do planejamento estratégico da companhia, que prevê a expansão da rede o interior do Estado. A Copergás vai atender desde postos de combustível, com fornecimento de GNV, até indústrias.
Uma extensão da rede de gasodutos da Copergás com 14,8 km está sendo construída. Nazaré da Mata é o 29º município atendido diretamente pela Copergás, sendo o 27º município ligado pelo gasoduto principal.
“A chegada do gás natural a Nazaré da Mata representa mais uma etapa da expansão da rede da Copergás para o interior de Pernambuco, proporcionando a desenvolvimento econômico e ampliação de negócios, alinhado com a política de desenvolvimento econômico para governadora Raquel Lyra”, declara o diretor-presidente da Copergás, Felipe Valença.
A previsão de fornecimento para os três clientes já contratados é de 105 mil m³/mês para a cidade, com potencial inicial estimado de chegar a 373.500 m³/mês. Dos clientes já contratados, dois são indústrias e um posto de combustíveis.
O investimento aplicado na expansão é de R$ 15,7 milhões, dos quais R$ 9,5 milhões já foram aplicados. Dos 14,8 km de gasodutos, 9,7 km já estão realizados. Até fevereiro de 2025, os 5,1 km restantes serão finalizados.
CLIENTES
Uma das indústrias que está em fase de estudos para receber o gás natural é a empresa Mauricéa, para a unidade da cidade, que é um abatedouro frigorífico, onde atualmente são abatidas 90.000 por dia para produção de cortes nobres naturais ou temperados e frango inteiro, congelados ou resfriados.
A empresa estima que irá utilizar um volume de 3 mil m³/dia de gás natural, chegando a 66 mil m³/mês, substituindo o uso de lenha. O combustível será utilizado na caldeira para a geração de vapor da indústria, necessário para aquecimento de alguns processos no frigorífico e também na fábrica de subprodutos.
“O uso do gás natural trará enormes benefícios para empresa, sejam ambientais e operacionais, reduzindo o fluxo de caminhões para transporte de lenha, além do armazenamento e manuseio na indústria. Todo este processo seria eliminado com o uso de gás natural que teria sua praticidade e segurança de uso em nossa operação. Enxergamos no uso do gás como um processo muito mais sustentável para nossa planta”, explica a diretora industrial da Mauricéa, Marisa Farias.
A Mauricea também se prepara para fazer a transição energética da queima de óleo para o gás natural na unidade de fábrica de rações localizada em Carpina. A indústria está na fase de adaptação de equipamentos para iniciar o uso do gás.
O proprietário do posto Shell, Tiago Coutinho, que irá receber o gás natural veicular (GNV), enxerga um grande potencial de fornecimento do combustível. “Temos muitas pessoas que trabalham com transporte de passageiros, inclusive para cidades vizinhas, que podem se beneficiar. Com o aumento do etanol e da gasolina, o GNV se torna uma alternativa cada vez mais viável e econômica”, afirma.
A expectativa de crescimento do uso do combustível é boa, a ponto do empresário já pensar em expandir os negócios com a abertura de uma oficia de conversão de veículos para o GNV. “Há um mercado muito amplo a ser explorado. Assim, podemos contribuir com a melhoria do comércio e de serviços da cidade e da região”, acrescenta Coutinho.