Caruaru provou que o amor do pernambucano pela música e pela cultura é do tamanho de um país. E foi só o primeiro dia do palco Pernambuco Meu País na Princesa do Agreste. O encontro de ritmos espantou o frio e deixou a noite ainda mais brilhante e cheia de vida. Do pagode à cumbia, de Naná a Lenine. Coros, danças e emoções foram a tônica do público de mais uma abertura inesquecível do festival.
Nesta noite de abertura, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, esteve presente e celebrando a força de mobilização que o festival vem trazendo até aqui, em sua quinta cidade, acompanhada da vice-governadora, Priscila Krause, a secretária de Cultura, Cacau de Paula, e a presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Renata Borba.
“Essa é a quinta etapa do festival e estamos em uma noite com uma mistura de ritmos, como a Academia da Berlinda, Lenine, Dilsinho, indo do pagode à cultura popular pernambucana, então estamos tendo a oportunidade de trazer para Caruaru um evento que já nasceu grande. É uma alegria poder estar aqui na minha cidade e convido a todos para se fazerem presentes porque estamos só começando. Amanhã teremos um dia inteiro com cinema, teatro, mamulengos, cultura popular na veia, disseminando nossa cultura e gerando emprego e renda”, declarou a governadora Raquel Lyra.
As honras da abertura foram realizadas com a força do espetáculo Pernambuco Meu País, essa grande homenagem a Naná Vasconcelos e Abelardo da Hora, promovendo um encontro de música, dança, teatro e circo, dirigido pela força criativa de Jam da Silva na parte musical e Maria Paula da Costa Rêgo com a coreografia. As boas-vindas foram muito bem dadas para um público que chegava e já encontrou o pátio em alta voltagem de energia.
Logo em seguida, a cumbia latino-olindense da Academia da Berlinda juntou mais os corpos para dançar e gingar com as latinidades. Percussões e guitarradas fizeram o público entoar canções como Fui Humilhado, Só de Tu e Dorival, cativando um pátio já cheio. E o ombro com ombro já era uma realidade quando outro grande pernambucano que atende pelo nome de Lenine subiu ao palco. E não tinha como ser diferente diante de um artista dono de um repertório tão presente na vida do pernambucano. Chão, Do It, Relampiano, Jack Soul Brasileiro foram algumas das canções. E claro que não poderia faltar Leão do Norte, que engatilhou um coro entusiasmado.
“Hoje foi uma noite maravilhosa. Já estive algumas vezes aqui em Caruaru, mas poucas foram como essa, em um projeto maravilhoso como esse, que oferece de graça arte, isso é mercado de trabalho e isso motiva cultura, algo muito importante. Eu acredito que a cultura de um país faz parte de um setor estratégico e nos define”, afirmou Lenine após o show.
E com o público já mais que devidamente esquentado, o pagode de Dilsinho foi o escolhido para encerrar a noite em alta vibração. E a missão foi mais do que cumprida. O carioca cantou seus dramas românticos que encontrou identificação e ressonância na plateia. Cantaram juntos sucessos como Refém, Diferentão e Péssimo Negócio, em uma apresentação tão próxima do público.
“Eu me sinto muito privilegiado de participar de um festivais multiculturais como esse. Eu mesmo sou muito fã do Lenine, por exemplo, e assisti o show dele. E agora tendo essa oportunidade de levar minha música para lugares novos é o que me mantém vivo, tocar em palcos com vários artistas de vários segmentos, que acabam fazendo parte da minha identidade musical”, afirmou o cantor Dilsinho pouco antes do show.
Noite muito bem entregue. E agora é a vez de Zé do Estado, Forró na Caixa, Mestrinho e João Gomes comandarem a festa deste sábado. Tudo pronto para mais uma noite de grandes memórias e emoções.