O Hospital Regional do Agreste (HRA), localizado em Caruaru, promoveu, nessa quarta-feira (26), uma formação sobre direitos da população LGBTQIAP+. A palestra foi voltada para servidores das equipes multiprofissionais da unidade.
A convidada para o momento de reflexão e de conhecimento dos direitos e leis que protegem a população citada foi Stephane Fechine, coordenadora de Promoção à Diversidade da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Caruaru. Mulher trans, Stephane trouxe exemplos práticos de como realizar abordagens ao público durante a assistência no hospital.
“Hoje, a população LGBTQIAP+ tem diversos direitos reconhecidos e ter conhecimento sobre eles é importante para que se esteja atento a qualquer forma de preconceito e que, para ele, existe punição. Mas, mais do que isso, humanizar o tratamento e colocar-se no lugar de cada um, tratando sempre com respeito, deve ser uma rotina”, apontou Stephane.
O encontro foi promovido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) e Núcleo de Apoio Psicossocial (NUAPS) do HRA. O coordenador do NEP, Gabriel Gomes, agradeceu a presença da coordenadora e fez uma reflexão junto aos servidores presentes. “Esse momento foi muito rico. Que nós possamos levar todo o conhecimento aprendido hoje para a nossa prática. Estamos aqui para exercer nossa profissão levando em consideração o código de ética, que nos orienta a tratar todas as pessoas com dignidade, independente de credo”, pontuou.
Desde 2019, no Brasil, o Supremo Tribunal Federal determinou que atos de homofobia e transfobia contra indivíduos sejam enquadrados como crime de injúria racial. Na prática, quem for responsável por atos dessa natureza não terá direito a fiança, nem limite de tempo para responder judicialmente. A pena para o crime varia de um a três anos, além de multa.