Casos de incêndio em edifícios têm sido frequentes na Região Metropolitana do Recife. Apenas no último final de semana, o Corpo de Bombeiros foi acionado para combater as chamas em dois prédios residenciais. No sábado (06), um incêndio foi registrado em um apartamento na Boa Vista, área central do Recife. Não houve vítimas e todos foram retirados do imóvel em segurança. Já no domingo (07), o incidente aconteceu no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, também sem vítimas. As chamas atingiram a área de serviço, a cozinha e um quarto, bem como alguns móveis e utensílios do local.
É fato que um incêndio acidental em uma casa ou apartamento pode resultar em grande perda de bens materiais e prejuízos financeiros significativos, sendo muitos os riscos que estão presentes no dia a dia. Como destaca a diretora executiva do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), Emerita Lyra, o Seguro Residencial é uma importante estratégia para proteção do patrimônio.
“O Seguro Residencial é um produto que tem registrado um crescimento constante. Em 2023, segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), houve um aumento de 14,9% em arrecadação a nível Brasil. No Norte e Nordeste, esse número é ainda maior, chegando a 15,3% de crescimento em relação ao ano anterior. Já Pernambuco registrou alta de 9,4% no produto. E o setor segurador do estado retornou para a sociedade, em pagamento de indenizações do Seguro Residencial, R$ 5,7 milhões. O montante é superior, por exemplo, ao orçamento do governo estadual voltado para a melhoria da segurança nas rodovias, segundo o Portal da Transparência”, aponta a executiva.
No entanto, muitos brasileiros ainda enxergam o seguro como mais uma despesa e não como um meio de proteger um investimento. “Segundo estudo divulgado pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), apenas 17% dos domicílios brasileiros têm Seguro Residencial. Quando olhamos para as regiões Norte e Nordeste, o percentual de domicílios que contam com uma proteção securitária é de apenas 4,6% e 7%, respectivamente. Em Pernambuco, de acordo com os dados, somente 7,1% das residências possuem seguro”, analisa.
A possibilidade de flexibilizar a cobertura, tendo em vista o perfil do contratante, é grande diferencial do Seguro Residencial. “Na cobertura básica, é garantida a indenização pelos danos sofridos por incêndio acidental e explosão na estrutura e nos bens do segurado”, explica a diretora do Sindsegnne.
No seguro, existe também a cobertura adicional de Responsabilidade Civil Familiar (RC Familiar), que garante ao dono da apólice uma proteção 24h em todo território nacional, dentro do limite contratado e dos riscos cobertos, para ele, sua família e até mesmo seu pet, caso algum deles cause danos corporais ou materiais a terceiros de forma não intencional e que possa gerar uma indenização.
“Também é possível contratar o Seguro Residencial com cobertura e serviços para usos preventivos, como limpeza de caixa d’agua, por exemplo, e situações emergenciais, como chaveiro, encanador, eletricista, entre outros. Tudo isso por cerca de 0,02% do valor do imóvel, com pagamento facilitado pelas seguradoras. Então, na hora de contratar, é possível adaptar a apólice de acordo com cada necessidade e o corretor de seguros é o profissional indicado para ajudar nesta etapa”, finaliza.
Seguro de Riscos de Engenharia – Outro incêndio recente na capital pernambucana atingiu um edifício em construção, localizado no bairro da Torre. De acordo com a empresa responsável pela obra, não houve o registro de vítimas e, como o empreendimento tem seguro, nenhum cliente será prejudicado. De acordo com o presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, o acontecimento deve servir de alerta para a importância do Seguro de Riscos de Engenharia.
“Diante de um ocorrido como este, para cumprir seus contratos, é crucial que a construtora tenha como assegurar seus riscos de engenharia. As indenizações neste tipo de situação costumam ser rápidas, até mesmo para que a obra possa ser retomada”, explica. Segundo Dalcin, o Seguro de Riscos de Engenharia é flexível e pode contar com condições e coberturas específicas, de acordo as especificidades de cada projeto.
“O produto oferece cobertura para os prejuízos materiais causados por imprevistos que resultem em danos ou destruição das obras de engenharia civil, equipamentos e/ou máquinas utilizadas na construção, trazendo proteção inclusive para erros de projeto”, aponta. O executivo também reforça a importância do Seguro de Responsabilidade Civil para obras.
“Enquanto o Seguro de Risco de Engenharia tem por finalidade proteger o patrimônio relacionado a uma obra, o Seguro de Responsabilidade Civil garante cobertura de danos materiais ou corporais causados a terceiros em decorrência de acidentes ocorridos durante a execução de obras civis, reformas, e os serviços de instalação, montagem e desmontagem executados em locais de terceiros”, conclui, enfatizando a importância de analisar o contrato de seguro, além da consultoria de corretores e demais especialistas envolvidos.