A doença surge no reto ou no intestino grosso e o tipo mais frequente é o adenocarcinoma – aproximadamente 95% dos casos –, porém existem outros mais raros, como tumores neuroendócrinos ou o tumor estromal gastrointestinal (GIST).
O terceiro mês do ano foi escolhido para essa campanha porque ele abriga o Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, no dia 27 de março, sendo essa data lembrada em todo Brasil como símbolo pela prevenção e tratamento da doença.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse é o terceiro tipo mais frequente em homens e o segundo entre as mulheres, e tem sintomas semelhantes a outras enfermidades, como explica o proctologista e cirurgião geral, Dr. José Carlos Bouçanova, médico credenciado ao Cartão Saúde São Gabriel.
“O câncer tem uma sintomatologia um pouco indefinida, que se assemelha a outras patologias no intestino grosso, com sintomas como: sangramento retal, dores abdominais, e a alteração de trânsito intestinal – quando se apresenta prisão de ventre e diarreia de forma irregular. Isso é um fator de alerta muito importante para se investigar uma patologia intestinal”, ressalta.
Um dos fatores que aumenta o risco de desencadear a doença é a idade. O médico afirma que esse tipo de câncer é mais comum após os 50 anos. “Em relação ao tumor do colorretal, o mais frequente é o adenocarcinoma. Ele acomete mais o lado esquerdo do intestino grosso. Cerca de 90% dele afeta pessoas acima de 50 anos de idade”, destaca Bouçanova.
Além da idade, outros fatores de risco são preponderantes e devem ser levados em consideração. “Aproximadamente 85% dos cânceres do intestino grosso e reto estão relacionados a fatores ambientais, isto é, à baixa ingestão de fibras na dieta, o sedentarismo, a obesidade, o alcoolismo, a ingestão de carne vermelha e de carnes processadas”, explica.
O médico também pontua a genética como outro fator importante na predisposição da doença, e alerta para realização de exames de rotina para quem tem histórico familiar.
“Aproximadamente 15% dos cânceres do intestino grosso são de origem genética, quando observamos antecedentes familiares de cânceres em pais, irmãos e avós. Por isso é muito importante o rastreamento através da colonoscopia em pacientes que têm ou tiveram familiares com esse tipo de câncer”, finaliza.