Além das festividades de São João, o mês de junho deixou saudade também de outra comemoração: o mês do Orgulho LGBTQIA+. E assim assim como se faz com festas juninas, diversas marcas realizam campanhas relacionadas ao período.
Mas o que também é comum nessa época do ano é empresa se revestir nas cores do arco-íris apenas no mês de junho (Não apenas empresas, mas também marcas pessoais como cantores, atores, influenciadores, formadores de opinião de forma geral) em busca do famoso PINK MONEY.
A expressão “Pink Money” se refere ao consumo de produtos e serviços criados especificamente para a comunidade LGBTQIA+, um grupo com alto poder de consumo e que, segundo estudos do IBGE, também tem crescido o poder aquisitivo (obviamente levando em consideração recortes sociais como classe social, etnia, nível educacional, região). Segundo os dados, casais homoafetivos possuem renda 65% maior do que uma família composta por heterossexuais e filhos. (Lembrando de adaptar a recortes).
É de olho nesse mercado, que movimenta trilhões de reais durante todo o ano, que muitas empresas estão de olho, afinal, pesquisas de comportamento de consumidor confirmam que pessoas LGBTQIA+ tendem a pagar mais caro para uma marca se ela apoia a causa, como se fosse um feedback de “a gente gosta de quem gosta da gente”.
Diante desses números, se envolver em campanhas, criar promoções, patrocinar e apoiar a causa LGBTQIA+ é mais do que uma boa jogada de marketing. É uma estratégia para aumento de faturamento viável e simples para as marcas e então que essas marcas sejam muito bem vindas. Mas esse posicionamento precisa ser real e vivenciado na prática.
Fazer o Marketing Social, que está super em alta e rende bons frutos, mas não contratar homossexuais, silenciar casos de homofobia, ter diferença salarial dentro do mesmo cargo, ou demais atitudes que demonstram que aquela empresa não é aliada da diversidade é oportunismo puro e deve ser combatido.
No Branding, a transformação sempre deve vir de dentro pra fora. Grandes empresas tem investido em departamentos de Inclusão, como a AMBEV, que contratou a Linn da Quebrada para ser consultora de Diversidade e Inclusão. A cantora e atriz vai liderar a ampliação de práticas de inclusão e visibilidade de pessoas LGBTQIAP+, especialmente da comunidade de pessoas trans e travestis.
Então se você é uma marca (pessoal ou corporativa) e não tem o investimento que a AMBEV, antes de colocar o arco-íris na sua vitrine, olhe dentro de si, da sua equipe e, principalmente, se coloque no lugar de escuta. Dai é só se deixar evoluir como pessoa e depois como marca.