O mês de março é dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres e a quarta maior causa de morte por câncer no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A oncologista Débora Porto, diretora médica do NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), em Caruaru, Pernambuco, explica que o objetivo da campanha é alertar sobre os fatores de risco para a doença, informar sobre os métodos de prevenção e incentivar a realização de exames preventivos.
Entre os principais fatores de risco para o câncer de colo do útero, segundo a médica oncologista, estão praticar sexo desprotegido, início precoce da vida sexual, ter múltiplos parceiros sexuais, manter condições inadequadas de higiene e fumar. “O câncer de colo do útero pode ser evitado com medidas simples, como a vacinação contra o HPV, o uso de preservativos durante as relações sexuais e a realização periódica do exame preventivo (Papanicolau)”, destaca ainda a especialista.
Sintomas
O câncer de colo do útero costuma ser silencioso nas fases iniciais. Quando os sintomas começam a aparecer, podem incluir sangramentos vaginais intermitentes (que vão e voltam), sangramentos após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal. Além disso, podem surgir queixas urinárias ou intestinais, menstruação irregular, fadiga, perda de peso sem explicação e náuseas.
Diagnóstico e Tratamento
O exame Papanicolau é fundamental para detectar alterações celulares causadas pelo HPV ou lesões pré-malignas, que podem ser tratadas antes de evoluírem para câncer. O tratamento é determinado pela equipe médica, conforme as particularidades de cada paciente, como o estágio da doença, a idade e possíveis comorbidades. Entre as opções de tratamento, estão a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, essa última, sobretudo, se o diagnóstico é feito no estágio inicial da doença.