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Morre xilogravurista pernambucano J. Borges, aos 88 anos

Morre xilogravurista pernambucano J. Borges, aos 88 anos

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J. Borges, xilogravurista, poeta e cordelista pernambucano, morreu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos, em Bezerros, no Agreste de Pernambuco, onde ele nasceu e viveu toda sua vida. Segundo a família, o falecimento se deu por causas naturais. As informações sobre velório e sepultamento ainda serão divulgados.

Ao longo de sua trajetória, J. Borges ganhou vários prêmios, como a Ordem do Mérito Cultural do Brasil, em 1999, o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na categoria Ação Educativa/Cultural, e o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, em 2005.

O encontro com o escritor Ariano Suassuna, no início da década de 1970, foi um marco na história de J. Borges. Encantado pela criatividade das gravuras, Ariano ajudou a levar a obra do amigo para o mundo. José Saramago era outro fã. O livro “O Lagarto”, do escritor português, também ganhou ilustrações do artista pernambucano.

Uma parte importante do imaginário nordestino sempre esteve presente na obra deste pernambucano que morreu aos 88 anos. J. Borges só frequentou a escola por um ano. Aprendeu a ler, escrever e fazer contas. Na juventude, foi carpinteiro e pedreiro, até descobrir a literatura de cordel. Há 60 anos, o leitor apaixonado virou escritor.

Os títulos dos cordéis eram o principal mote para o xilogravurista criar os desenhos, sem esboço ou rascunho. As imagens, talhadas diretamente na madeira, carregam seu legado e ilustram, de maneira original, a cultura do povo do Nordeste.

Foto: Divulgação/ Sebrae

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