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No Palco Mestre Dominguinhos, a cultura do brega reina na segunda-feira

No Palco Mestre Dominguinhos, a cultura do brega reina na segunda-feira

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Mais uma noite da cultura reinando no Palco Mestre Dominguinhos do 31º Festival de Inverno de Garanhuns, mais uma noite de homenagens a realezas. Desta vez, foi o rei do brega, Reginaldo Rossi, cantado e performado pelo veterano Otto. O cantor pernambucano realizou um passeio pelos clássicos do soberano, abrindo com Vem me Ver, passando por Um Romance que Ninguém Leu e chegando na apoteótico Leviana, entoado com força pelo público que lotava a praça.

Assim também foi com Em Plena Lua de Mel, Desterro, As Raposas e as Uvas e tantas outras canções entranhadas na memória do público pernambucano. Mas sempre com o tempero próprio de Otto, a gravidade de sua voz e suas performances corporais. Sob o frio, por exemplo, fez questão de jogar água na cabeça, fazendo sua garoa particular pouco antes de chegar a verdadeira. E para legitimar ainda a celebração, Otto recebeu Roberto Rossi, filho do rei, içado ao palco entoando Garçom juntos.

O FOGO DA MUSA – Pouco antes, a Praça Dominguinhos foi incendiada, inflamada por uma das mais intensas e apaixonadas vozes pernambucanas. Priscila Senna já subiu ao palco sob os gritos de uma plateia mais que eufórica. A eterna Musa colocou o povo para dançar, gritar e botar para fora seus amores intensos e sofrências amargas.

Ela tem repertório mais que suficiente para provocar uma ampla gama de emoções. Da mais recente “Alvejante”, que testa a garganta de todos fazem coro, a “Novo Namorado”, jovem clássico dos primórdios de sua carreira. Aquele que foi um dos mais aguardados shows do festival certamente entrou em sua história.

ESQUENTANDO A NOITE – A noite foi do brega, mas a abertura do palco veio com um convite ao sertanejo, apresentado pela dupla garanhuense Carlos e Fábio, expressando os mesmos sentimentos de amores intensos e sofrências, passando Borbulhas de Amor e Boate Azul, fechando a apresentação com a intensidade de uma canção como “Choram as Rosas”.

Em seguida, o brega chegou no Palco Dominguinhos com Mônica Almeida. A cantora esquentou o público na base de grandes sucessos do ritmo, com espaço para canções de nomes como Rapha Brilhante, Vanessa da Mata e a própria Priscila Sena.

APOTEOSE DA CORTE REAL DO BREGA – Coube a um veterano lendário e pioneiro encerrar a grande noite. Tarefa que fez sem muito esforço. Membro da corte real do ritmo, o Conde Só Brega mostrou o porquê é preciso sempre respeitar a experiência do tempo de estrada e o trabalho de quem abriu portas. No auge dos 68 anos, o músico pernambucano se mostrou ser um dos espíritos mais jovens e ousados que já passaram por aquele palco, com uma presença que esbanja carisma e imponência.

O show de um dos pioneiros do brega pernambucano emocionou com a ainda lotada Praça Dominguinhos, cantando suas canções emblemáticas como Azáfama, Espelho do Poder, Não Devo Nada a Ninguém e A Vida é Assim. Ainda fez questão de prestar uma reverência ao rei Reginaldo Rossi, trazendo Otto de volta ao palco para cantarem “Em Plena Lua de Mel”.

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