Pular para o conteúdo

Fique Sabendo PE

O País das Artes Cênicas do Festival Pernambuco Meu País deste sábado (10), em Caruaru, reuniu diversas atividades ao longo do dia

O País das Artes Cênicas do Festival Pernambuco Meu País deste sábado (10), em Caruaru, reuniu diversas atividades ao longo do dia

Para o coreógrafo do Majê Molê, Gilson Gomes, a atuação em cima do palco pode ser a responsável por acompanhar expressivas mudanças sociais, sobretudo em relação aos mais jovens. O caminho para isso, aliás, passa pela disciplina.

“Primeiramente, tem que estudar para poder dançar. Pesquisamos na casa deles como eles estão, para aprenderem que tem que ter disciplina. Eu estou muito contente em estar participando do espetáculo no Festival Pernambuco Meu País com essa galera”, afirmou.

Estar na cidade de Caruaru para participar do evento, inclusive, é uma oportunidade para muitos viajarem pela primeira vez. Por enquanto, ainda a nível estadual. Eles são da comunidade de Peixinhos, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Muitos nunca viajaram e agora estão aqui. Já pedem por mais vezes e eu digo que temos que trabalhar para chegarmos em outros cantos. Estamos com propostas para ir para França”, garantiu.

Eles se apresentaram no Teatro Rui Limeira Rosal, no Sesc de Caruaru, na tarde deste sábado (10).

Na data, também houve a realização da oficina Corpo-Ambiente em Fluxo, com duração de quatro horas, sob coordenação de Gabi Holanda.

Ela explica o processo de criação e origem da atividade. “Foi gerado a partir do meu mestrado, a partir das águas que habitam o nosso corpo, assim como as memórias das águas que habitam o espaço externo. A oficina circula junto com o espetáculo em diferentes lugares. Dá um sabor sobre o que foi a criação do espetáculo”, afirmou.

E vê com otimismo a participação na cidade para fortalecimento de laços e crescimento. “Foi muito saboroso poder compartilhar com o público de Caruaru. É uma oportunidade de mostrar mais o nosso trabalho que vem se desenvolvendo, além de fazer novas redes e provocar trocando saberes e contatos”, frisou.

O espetáculo que Gabi Holanda cita é o Sopro D’Água, que aconteceu no Festival Pernambuco Meu País nesta sexta-feira (9). Com orgulho, ela o apresenta.

“É um espetáculo de dança contemporânea e teatro, que tenta emergir do campo poético e ancestral das águas, assim como de questões políticas. O espetáculo propõe uma imersão do sensível, do sentir, de sensações e memórias. Propõe uma imersão do público nesse campo das águas. É um desdobramento de uma pesquisa minha de mais de oito anos do dançar das águas e das políticas também. É uma jornada de muita pesquisa. A trilha sonora é feita ao vivo e o corpo em cena é todo construído”, explicou.

“Somos 74% água e estamos propondo que o público mergulhe nessas sensações”, encerrou.

Foto: Ronny Color

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *