Com o objetivo de possibilitar a troca de saberes, visando a alimentação saudável e baseada na produção agroecológica de mulheres da zona rural, o projeto “Comidas que curam e empoderam” encerra seu ciclo de oficinas na Zona da Mata Norte Pernambucana.
A oficina “Cozinhar: sobre o corpo, a cultura e a natureza” será facilitada pela cozinheira natural Nancy Mora em parceria com Nzinga Cavalcante e Luiza Cavalcante, gestoras do Sítio Ágatha, Associação de Educação, Arte, Cultura e Agroecologia localizado na zona rural de Tracunhaém que sediará a atividade. Nos dias 23, 24 e 25 de agosto, por meio de atividades de cozinha coletiva, as facilitadoras abordarão diferentes tipos de usos para ingredientes comuns como milho, macaxeira e inhame estimulando a interação e reflexão sobre o significado sobre saúde, tradições, autoconfiança e comunidade.
Unindo as diferentes experiências de vida pessoal e profissional voltadas para a alimentação natural e agroecológica das facilitadoras, essa oficina possibilitará uma rica troca de saberes. Nancy Mora é colombiana radicada no Sudeste do Brasil, fotógrafa e cozinheira natural. Atua com alimentação viva, pães de fermentação natural e culinária macrobiótica. Fez cursos com a nutricionista Neide Rigo, Bela Gil e Dona Bernadete Kikuchi, e trabalhou no Restaurante-Escola macrobiótico Satori, da família Kikuchi.
É uma das criadoras do projeto La Divina Comida, uma cozinha que se dedica à pesquisa e às práticas de alimentação consciente. Nzinga e Luiza Cavalcante, são gestoras do Sítio Ágatha, associação embasada pela educação popular, economia solidária, direitos humanos, feminismo e antirracismo. Trazem consigo o conceito de afroecologia, alinhando ancestralidade e entendendo que o que se divulga hoje sobre agroecologia são práticas milenares desenvolvidas pelos indígenas e pelo povo preto de África.
O projeto “Comidas que Curam e Empoderam: Oficinas de Alimentação com Mulheres Rurais” é incentivado pelo Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, o FUNCULTURA e baseia-se na produção agroecológica de mulheres rurais pernambucanas e na troca de saberes, visando a elaboração de alimentos saudáveis, inovadores e criativos, como forma de empoderamento e promoção de uma melhor saúde das participantes e das pessoas que consomem seus produtos.
A valorização da agricultura familiar é uma realidade que vem ganhando visibilidade no universo da gastronomia através de grandes chefs de cozinha que ressaltam a importância da produção local e de uma alimentação mais natural e saudável em substituição àquela à base de alimentos industrializados e ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional.
O projeto percorreu Pernambuco levando as temáticas de alimentação saudável e agroecologia para a Serra dos Cavalos, zona rural de Caruaru e para o Ecossítio Catimbau, na zona rural de Buíque, atravessando as mesorregiões do Agreste, Sertão e encerrando na Zona da Mata de Pernambuco, na zona rural de Tracunhaém.