Já estão abertas as inscrições para as oficinas gratuitas da 9ª edição do Recifest, Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero já considerado pela crítica e pelo público como um dos mais importantes do segmento LGBTQIA+ do Brasil. Este ano, o evento promove três grandes oficinas ligadas à arte e ao audiovisual: Drag Queen Curso, com 15 vagas; Autobiografias do Presente, que terá até 20 participantes; e Linguagem Não Binária, para até 20 pessoas. As inscrições ficam abertas até o dia 05 de setembro e devem ser feitas a partir dos formulários bit.ly/3QuYfcj (Drag Queen Curso), bit.ly/3dBvQml (Autobiografias) e bit.ly/3pjdjOh (Linguagem).
A 9ª edição do Recifest acontece em Pernambuco, nas cidades do Recife, Bezerros e Itamaracá, entre os dias 21 de setembro e 07 de outubro, com atividades presenciais e online. Já as mostras competitivas do festival serão realizadas entre os dias 03 e 07 de outubro, no Cineteatro do Parque e no Cinema da Fundação, de forma presencial, com a exibição de 23 curtas-metragens. Desses, 16 concorrem na categoria Melhor Filme Nacional e 7 disputam o título de Melhor Filme Pernambucano.
O Recifest é realizado pela Casa de Cinema de Olinda e Olinda Produções. O festival também conta com o incentivo do Funcultura PE.
Drag Queen Curso
A oficina acontece em formato virtual de 19 a 22 de setembro, das 19h às 21h, sob o comando de Zé Carlos Gomes, ator e palhaço, que dá vida à sua persona drag, Sheyla Müller. No curso, que tem como público alvo todas as pessoas, acima de 18 anos, que queiram investigar sua persona drag, os participantes aprenderão sobre história da arte drag queen, os processos criativos para elaboração de performances, maquiagem e o processo de descoberta da máscara drag, caracterização completa e muito mais.
Nas aulas, também haverá espaço para discussão e reflexões sobre a heteronormatividade tóxica e suas consequências, o que passa por conversas sobre afetos, autoaceitação e opressões.
“A arte drag, com sua gênese provocadora e inventiva, levanta reflexões fundamentais sobre gêneros e a performatividade. Este curso propõe aos/as participantes um despertar artístico para a construção de suas próprias personas drag queens”, explica Zé Carlos Gomes/Sheyla.
Em mais de 10 anos e com 30 edições do workshop Drag Queen Curso, Sheyla já iniciou mais de 400 drags pelo Brasil. Os cursos também resultaram nos espetáculos “Sereias de Salto” e “Cabaré Show Drag”, que circularam pelo estado de São Paulo. Este último, inclusive, contou com a participação especial de Lorelay Fox, Ikaro Kadoshi, Alexia Twister, Mina de Lyon, todas elas atuantes no cenário drag brasileiro.
Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdzRMpxmx4UnvpIymQOzFS13X8K1rquaY2XwcRk5HB6vurfyA/viewform
Autobiografias do Presente
A oficina, ministrada por Márcio Andrade, Wagner Montenegro, Danielle Valentim e Filipe Marcena, acontece, de forma presencial, entre os dias 19 e 23 de setembro, das 9h às 12h, na sede da ONG Gestos, localizada na Rua dos Médices, 68, Boa Vista. Com carga horária de 20h, o curso é voltado para a produção de filmes autobiográficos.
A partir de exercícios de Teatro do Oprimido (TO), os participantes serão estimulados a compartilhar acontecimentos de suas próprias existências que desejem abordar em seus filmes e, em seguida, atravessarão etapas de produção audiovisual (roteirização, gravação e edição) para produzir curtas com duração entre 03 e 05 minutos.
O curso receberá inscrições de pessoas a partir de 16 anos, com uma porcentagem das vagas destinadas exclusivamente para mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+, alunos e professores da rede pública de ensino.
A oficina é uma realização da Combo e no NEXTO – Núcleo de Experimentação em Teatro do Oprimido, com produção executiva da Maat Produções.
Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd8bxJ0pXj3t3k302mLVIrsaAoRLm3caxrlXz29WbarS38PSQ/viewform
Linguagem Não Binária
A oficina de Linguagem Não Binária acontece de 4 a 6 de outubro, de forma online, das 9h às 11h, com o professor Iran Melo. A ideia do curso é apresentar uma visão panorâmica sobre a não binariedade de gênero na língua portuguesa brasileira, abordando, para isso, bases culturais e ideológicas, suas histórias e seus mecanismos de realização, além de promover uma discussão sobre as repercussões desse modo linguístico na educação e na arte.
“Notadamente, o objetivo do curso é o debate em torno da linguagem não-binária de gênero no português brasileiro e sobre os efeitos políticos de seu uso, bem como de suas aplicações pedagógicas”, diz Iran Melo.
Podem se inscrever na oficina pessoas de todos os sexos e gêneros, a partir dos 16 anos e interessadas no tema.
Na programação, introdução ao pensamento queer sobre gênero e binariedade de gênero, gênero gramatical no português brasileiro, formas disruptivas de representação de gênero no português brasileiro, repercussões e aplicações da linguagem não-binária de gênero.
Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScKK8yWyJSGR7f3WJNxJfBiT3t_Lp8054AziLEsaqYefEGMCA/viewform